Dicas para criar gráficos com aparência mais profissional

"Gráficos"

Graças à tecnologia, temos à nossa disposição uma quantidade enorme de dados que podem nos ajudar a entender melhor o mercado, traçar estratégias e conquistar novos clientes. Diversos sistemas de informação foram criados só para receber esses dados e a automação permite a coleta de vários dados de processos que anteriormente não seriam documentados com muita precisão.

Porém, nós seres humanos somos limitados ao lidar com grandes quantidades de dados. Se nos apresentam uma tabela com um monte de nomes, valores e datas, temos dificuldade, apenas lendo essa listagem, de responder perguntas como “quais regiões tiveram um aumento de vendas no último trimestre” ou “quais produtos estão vendendo bem e quais estão em queda?”. Para enxergar padrões e tendências, precisamos de ferramentas e uma das mais úteis para isso são os gráficos para visualização de dados.

Seja em apresentações para clientes ou reuniões com gestores de sua empresa, bons gráficos podem ajudar a transformar dados em decisões. Mas geralmente estamos acostumados a gerar um gráfico com as opções padrão do Excel sem pensar muito se não poderíamos criar uma visão mais fácil de consumir, mais eficaz para transmitir a informação e mais útil. Para nossa sorte existem especialistas como Cole Nussbamer Knaflic que estudam a área de Visualização de Dados para entender o que funciona ou não funciona bem ao criar um gráfico.

Abaixo listamos algumas dicas do livro Storytelling with data - A data visualization guide for business professionals, escrito por Cole Knaflic, que tem um bacharelado em Matemática Aplicada e um MBA pela Universidade de Washington e já trabalhou no Google no setor de People Analytics. Desde 2010 ela trabalha com consultoria e workshops sobre visualização de dados.

Apenas uma distinção que precisamos fazer sobre as dicas abaixo. Existem gráficos que geramos para estudar e tentar entender dados, normalmente usados quando ainda não sabemos que tipo de tendência vamos encontrar. Podemos chamar estes de gráficos exploratórios. Por outro lado, criamos gráficos para incluir em documentos ou apresentações e que já sabemos a quais conclusões as pessoas deverão chegar ao olhar para o gráfico. Estes são gráficos explicativos e a maioria das dicas abaixo se aplica a este tipo de gráfico.

Entender o contexto

Normalmente para um mesmo conjunto de dados ficamos satisfeitos em criar um gráfico e usá-lo em todos os documentos e apresentações, entendendo que o gráfico é um resumo dos dados e como os dados são os mesmos então o gráfico deve ser o mesmo. Mas precisamos levar em consideração o contexto, ou seja, quem é o público-alvo e qual a intenção do gráfico.

Gráficos que vão ser usados em uma apresentação ao vivo podem ser construídos aos poucos a cada slide, ou ter partes diferente recebendo o foco conforme a necessidade do apresentador. Mas para documentos estáticos, o leitor espera menos repetição e que o gráfico contenha toda a informação necessária que pode ser consumida com mais calma e atenção.

Menos é mais

Remova os elementos do gráfico que não estão acrescentando nada. Quanto mais elementos no gráfico, mais esforço cognitivo é necessário para interpretar as informações.

Por exemplo, bordas ao redor de um gráfico branco em fundo branco normalmente são desnecessárias. Se apenas a tendência das curvas importam mas não os valores exatos, a grade ou até mesmo o eixo poderiam ser removidos. Se os valores depois da vírgula não importam em valores numéricos ou se todos os valores são múltiplos de 1000, você pode simplificar o formato desses números.

No exemplo abaixo podemos ver várias opções muito comuns sendo usadas:

"Gráfico com poluição visual"

Removendo bordas, grades, pontos de dados, selecionando cores mais adequadas e simplificando textos dos eixos podemos gerar uma versão muito mais limpa:

"Gráfico limpo"

Evitar gráficos de pizza

De acordo com Knaflic, o problema dos gráficos de pizza é que as pessoas não são tão boas de enxergar diferenças entre áreas ou ângulos que são as características físicas que os gráficos de pizza usam para representar valores.

No exemplo abaixo, você precisa parar e analisar com um pouco de cuidado para responder se as categorias “Carro”, “Bicicleta” e “Ônibus” tem o mesmo valor e qual deles tem o menor valor.

"Exemplo de gráfico de pizza"

Uma alternativa a gráficos de pizza é usar gráficos de barra. Um exemplo do gráfico de pizza refeito como um gráfico de barras pode ser visto abaixo.

"Gráfico de pizza transformado em gráfico de barras"

Uso de texto

Em moderação, textos explicativos dentro do gráfico podem tornar muito mais claro o que queremos que o leitor enxergue. Quando usamos apenas um texto complementar separado existe um esforço maior para consumir essa informação, porque é necessário olhar para o gráfico e para um parágrafo completamente separado e ficar mudando o foco entre esses dois contextos quando estamos tentando entender o que o gráfico está nos dizendo.

No exemplo abaixo, o texto enriquece e ajuda a interpretar o gráfico.

"Uso de texto"

Ênfase para dar foco

Quando tudo está em primeiro plano, o leitor não sabe para onde deveria estar olhando. Dê destaque para os elementos que são mais importantes para entender a intenção do gráfico, usando cores mais vivas, linhas mais grossas. E coloque em segundo plano os outros elementos, usando cores mais suaves e de menos contraste, linhas mais finas.

No exemplo abaixo, queremos comparar produtos em relação a preço X qualidade, mas apenas 3 de nossos produtos em relação a um produto específico de um concorrente. Mesmo com os rótulos nos pontos de dados de interesse, existem muitos elementos brigando por nossa atenção.

"Sem nenhuma ênfase"

Para melhorar esse gráfico, jogamos tudo que não é nosso foco em segundo plano usando cores mais claras e reforçamos os pontos importantes com cores mais vivas.

"Ênfase nos pontos importantes"

Limitar uso de cores

É comum nos depararmos com gráficos que parecem um arco-íris de tantas cores, mas como já citado nos itens anteriores, isso tira o foco das partes importantes do gráfico e geram uma poluição visual que tornam o conteúdo mais difícil de consumir. Tente limitar para 2 ou 3 cores além do preto e branco.

No exemplo abaixo temos um gráfico usando as opções automáticas de cores.

"Cores demais"

Melhoramos o gráfico diminuindo o número de cores, levendo em consideração que nesse gráfico o objetivo seria comparar avaliações positivas (“ótimo” e “bom”) e avaliações negativas (“ruim” e “péssimo). Com menos cores é mais fácil para o leitor focar no que interessa.

"Gráfico com cores limitadas"

Nunca usar gráficos 3D

Todo mundo já incluiu alguns gráficos 3D quando descobriu que eram fáceis de incluir, apenas selecionando uma opção. Mas o efeito 3D não enriquece o gráfico e apenas adiciona elementos estéticos que geram mais ruído visual. Em alguns casos, dependendo do ângulo podem até tornar mais difícil de ler os valores exatos.

No exemplo abaixo, olhando para as linhas parece que a coluna do meio tem valor 0,95. Na verdade essa coluna tem valor 1, mas a prspectiva 3D cria essa confusão.

"Gráfico com efeito 3D"

Rótulos ao invés de legendas

A caixa de legenda é um elemento que geralmente ocupa muito espaço no gráfico. Além disso, existe o esforço de olhar para as curvas ou barras no gráfico e depois olhar para as legendas na hora de interpretar a informação. Se for possível, utilizar rótulos de texto próximos de seus dados nos gráficos pode funcionar muito melhor e resolver esses dois problemas. Em alguns casos isso não é possível por falta de espaço ou quando as linhas do gráfico ficam muito próximas.

No exemplo abaixo temos um gráfico contendo uma legenda.

"Legendas ocupando espaço"

Alterando esse gráfico para usar rótulos nas linhas ao invés de uma tabela de legenda ele ficaria como na imagem abaixo.

"Rótulos ao invés de legendas"

Se quiser aprender mais sobre visualização de dados e sobre estas e outras dicas com mais detalhes, recomendamos o livro Storytelling Com Dados: Um Guia Sobre Visualização De Dados Para Profissionais De Negócios de Cole Nussbamer Knaflic.

BANT: o método de qualificação de leads criado pela IBM

"Qualificando"

Por mais abrangente que seja o mercado alvo de sua empresa, seus produtos ou serviços não são para todo mundo. Existem leads que tem maior probabilidade de fecharem negócio e de ficarem satisfeitos com o que você tem a oferecer. Se você trabalha com vendas B2B, o ideal é que sua equipe de vendas foque nesses leads.

Infelizmente não é possível adivinhar quais leads são ideais ou comprar listas em que 100% dos leads vão se interessar por seus produtos. Por isso temos metodologias de qualificação de leads, processos que podemos seguir para filtrar nossos leads e focar nos que tem maior potencial.

Livro: Predictable Revenue - a Máquina De Geração De Leads

"Motor de geração de leads"

A internet mudou as empresas. Elas foram forçadas a se adaptarem aos novos tempos, seja porque processos não funcionavam mais como antes, ou para otimizar seus recursos com a evolução da tecnologia e não se tornarem retardatários na corrida que disputam com seus concorrentes.

Com a área de vendas não foi diferente. O livro Predictable Revenue, de Aaron Ross e Marylou Tyler é um bom exemplo disso.

O Impacto Da Inovação Do Produto Em Marketing E Vendas

"Gênio iluminado"

Uma fantasia comum para pessoas interessadas em negócios é um dia ter uma ideia genial de um produto que gere bilhões. Geralmente, uma ideia única. Uma ideia de negócio que nenhum outro ser humano teve antes.

Quem passou algum tempo pensando em ideias para criar uma empresa já descobriu que é muito difícil uma ideia não ter sido pensada antes.