Pequenas empresas que deram certo: a história da Spanx

"Sara Blakely fundadora da Spanx"

É muito difícil transformar uma empresa que você abriu sozinho em uma empresa avaliada em bilhões de dólares. O obstáculo é maior ainda quando você nunca estudou negócios e administração, não gasta nem um centavo em publicidade e o único investimento são 5 mil dólares que vem de seu próprio bolso. Pois essa é a história da Spanx, empresa criada pela americana Sara Blakely.

Sara ainda trabalhava com vendas de máquinas de fax quando teve a ideia para seu produto. Sempre incomodada com as marcas que suas roupas de baixo faziam nas roupas que vestia, resolveu que precisava criar algo para resolver este problema, e pensou em uma meia-calça especial.

Por conta própria, para economizar dinheiro, ela mesma pesquisava sobre as patentes para esse tipo de produto, com o objetivo de escrever sua própria patente. E enquanto isso teve dificuldade para encontrar quem pudesse fabricá-las, já que as fábricas recusavam o projeto, achando que ele não ia dar certo. Nessa hora Sara começou a ver porque os produtos atuais tinham tantos problemas e um produto como o seu ainda não existia: a maioria das pessoas que trabalhavam nessa indústria eram homens, que não tinham os problemas que ela estava tentando resolver.

Depois de muita insistência, conseguiu um fabricante que se disponibilizou a fabricar seus protótipos, e só porque o dono da fábrica tinha filhas que acharam o produto interessante. Ela levou mais de um ano aperfeiçoando o produto, para que além de prático fosse o mais confortável possível.

Quando criou a embalagem da Spanx, Sara queria algo diferente das embalagens de outros produtos do tipo, que sempre tinham uma cor meio bege e fotos das mesmas modelos. Criou uma embalagem com cores fortes e mulheres desenhadas de forma estilizada e divertida. Para economizar com consultoria de advogados, ela comprou 10 embalagens diferentes de meia-calças, e viu que tipo de informações apareciam em todas. Se a informação aparecia em todas provavelmente existia uma obrigação legal de exibí-las, e foi aidcionando isso a suas embalagens.

Ainda trabalhando, ela conseguiu o contato da executiva de compras da loja Neiman Marcus, uma famosa rede de departamento especializada em artigos de luxo nos Estados Unidos. Fez a demonstração usando o próprio corpo e acabou conseguindo colocar seu produto em alguma das lojas. Quando o produto chegou às lojas ela pediu a várias amigas para irem à Neiman Marcus comprar produtos da Spanx.

A sorte de Sara melhorou radicalmente quando recebeu uma ligação da produção do programa da Oprah Winfrey, um dos programas de auditório de maior audiência. Oprah, uma das mulheres mais influentes do mundo queria indicar Spanx como seu produto favorito do ano, tendo ela mesma usado o produto por um tempo, graças à ideia de Sara de enviar alguns dos protótipos com cestas de presentes para seu estilista pessoal.

Quando sua empresa já estava faturando milhões, Sara resolveu se aventurar e participar de um reality show chamado “The Rebel Billionaire: Branson’s Quest for the Best”, apresentado pelo fundador da Virgin, Richard Branson, um programa parecido com “O Aprendiz”. Ela foi até a final, mas como Branson sabia que ela já era uma empresária de sucesso acabou não a escolhendo como campeã. Mas deu a ela um cheque de 750 mil dólares para que ela criasse a Fundação Sara Blakely, dedicada a ajudar mulheres do mundo através de educação e empreendedorismo.

Hoje Sara além de bilionária é famosa, e sua história já foi matéria de capa da revista Forbes americana. Sua história deve servir de inspiração para todos os micro-empresários (e principalmente micro-empresárias) que querem criar uma solução para um problemae quem sabe entrar para a lista de bilionários.

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